Japão cria serviços para evitar aumento de suicídios após tragédia
EWERTHON TOBACE
DE TÓQUIO PARA A BBC BRASIL- Folha online
Desiludido, um pai de família no Japão se matou depois de procurar desesperadamente pelo corpo do filho, levado pelo tsunami. Na província de Fukushima, um agricultor se enforcou ao saber que sua plantação de repolhos teria de ser completamente destruída por causa da contaminação nuclear. Em outro caso, um senhor de 102 anos cometeu suicídio em um vilarejo perto da usina nuclear porque não aceitava a ideia de abandonar sua casa.
Apesar de ainda não ter uma estatística oficial, governo e organizações sem fins lucrativos temem um aumento significativo do número de suicídios no país, exatos dois meses após o terremoto de magnitude 9 seguido de tsunami do dia 11 de março, que devastou a região nordeste japonesa.
Em 1995, após o terremoto de Hanshin, que devastou a cidade de Kobe, foram registrados cerca de 140 suicídios entre sobreviventes da cidade, segundo a organização Life Link.
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